terça-feira, maio 23, 2006

Capítulo 4 - O melhorado e final guião.. esperemos

Bem, após algumas sugestões dadas pelo nosso professor André Valentim Almeida, aqui fica o guião da curta com algumas modificações ligeiras, principalmente na parte final. Espero que gostem. Se tiverem paciência, comentem. Ah, e Spielberg... agora não dá.

Cena I (Faculdade, Interior – dia)

A história começa com um caderno vazio, o ambiente é de uma sala de aula... ao fundo ouve-se a voz de um professor a falar... Uma mão começa a escrever no caderno ...

DP - “Pois é, mais um dia na minha vida... há quem me chame maluco, há alguns que preferem não dizer nada, encolhem os ombros e esperam que me cale... mas que culpa tenho eu que mais ninguém veja o que eu vejo? É mais que evidente! Algo de muito estranho se passa.”

(Vêm-se os desenhos no cabeçalho das páginas do caderno... desenhos de OVNI’s, de seres com cabeças estranhas... frases soltas como :”Eles Vêm Aí...” “ O Fim Está Próximo”.... “O Meu Problema Não é que o Mundo Vá Acabar Amanhã, O Problema É Arranjar um Bom Dentista a Essa Hora...” , no caderno vão aparecendo os nomes dos actores e de quem fez isto...e outros que tal...)

De repente, o DP leva com uma bola de papel na cabeça e finalmente vemos o ambiente da sala de aula... DP olha para trás e um amigo da turma dele aponta para a frente como que dizendo: “É melhor estares atento” DP olha para o professor (um homem com ar descontraído) que está a acabar de falar sobre uma palestra. No quadro estão informações relativas à dita. (Data, Tema, Local e Hora) Professor: Bem, lembrem-se da palestra de amanhã, cada um de vocês tem de apresentar um trabalho à turma. (A aula acaba) Enquanto os restantes alunos arrumam as coisas deles para saírem, DP escreve no canto da folha, ao lado do texto inicial o tema “Instintos primitivos”. Depois fecha o caderno e sai.

Cena II (Interior da faculdade, dia)

No corredor, o telemóvel toca:

DP – ‘Tou? Diz... Ah, não faz mal... Eu espero... tá, até já!

Cena III (Exterior- jardim/praça, dia)

O DP está sentado num banco de jardim, à espera da pessoa que lhe telefonou. É nessa altura que começa a ver pombos a pousarem perto de si...

DP - Os pombos... que aves estranhas... sempre a andar de um lado para o outro... com aquele olhar perdido como se tivessem algo importante para dizer, mas se esquecessem, e pronto... é esta a vida deles... mas como se isto já não bastasse, ainda têm a mania de fazer aqueles voos rasantes às nossa cabeças... e de vez em quando, num gesto para eles misericordioso, lá decidem deixar uma prenda, no nosso casaco preferido...” A raiva vai-se acumulando... a caneta que tem na mão é posicionada como se de um joystick se tratasse. DP vai movendo a caneta e carregando naquele botãozinho de cada vez que decide explodir com os pombos. (Nesta altura mostram-se somente as expressões faciais dele, e ouvem-se os efeitos sonoros de videojogos, nomeadamente sons de disparos, de explosões) Quando acaba o jogo, já não esta nenhum pombo na zona onde o DP está. Acima da zona onde está o DP aparece escrito “Winner” a piscar. O DP respira fundo e retira da mochila o caderno. Quando vai começar a escrever, repara em algo.

Cena IV (Exterior – jardim/praça, dia)

Ao longe, DP repara que algo muito perigoso se aproxima... uma pensionista com um andarilho desloca-se a uma velocidade “estonteante” e tudo indica que se vai sentar ao seu lado... o DP tenta sair do banco, mas está colado lá... (pode-se salientar este facto com a presença de um tubo de cola colocado ao lado do DP ou algo mais facilmente identificável pelo espectador)... DP não consegue sair e a pensionista finalmente senta-se à beira dele... DP olha para ela com algum receio...

DP – “Ah... os pensionistas... eles podem enganar-nos com aquele aspecto, parecem fraquinhos, frágeis... mas têm-nos a todos na mão... é vê-los quando entram nos autocarros... existe logo alguém que se levanta e lhes diz, com um sorriso amarelo no rosto :“Pode-se sentar minha sra..” ... e elas tudo bem! Sentam-se com aquele sorriso de satisfação e arrumam aquelas sacas todas recheadas de coisas inúteis. E SE existem aqueles tipos que, como eu, passaram o dia a trabalhar e estão mais cansados do que alguém que passou o dia a alimentar pombos e a comentar a história que deu no Goucha sobre a mãe solteira que criou 9 crianças senegalesas só com a ajuda de uma bengala e de um peru albino... sim, essas pessoas que têm motivo para estarem cansadas NÃO SE LEVANTAM.... elas encostam-se a nós e atingem-nos com golpes violentíssimos de sacas de plástico que nos dão constantes redefinições de dor.. enquanto comentam....”Esta juventude... isto no meu tempo não era assim... ah... é por isso que isto não anda p’ra frente...” (O monólogo de DP é interrompido por uma voz esganiçada... olha para o lado e apercebe-se que a pensionista ao seu lado está a fazer conversa.... e com ele)

Pensionista – Pois é... anda fresquinho o tempo...não é? É... está assim... para o húmido... sente-se... eu sabia, quando acordei hoje de manhã, disse logo “Genoveva, filha, hoje vai chover...” Porque sinto logo uma dor aqui (aponta para o joelho direito) que... que só dá com a humidade, percebe? É que isto do tempo anda complicado... “onte” vi na televisão que aquela camada que anda no céu está com buracos (exemplifica com gestos)... e depois o calor entra e aquilo faz mal aos peixes... os peixes ficam malucos e... pronto... dá-se as coisas...

(DP vai olhando incrédulo para a pensionista, enquanto se tenta libertar do que quer que seja que o prende lá)

Pensionista – É que sabe, isto agora das galinhas não é como eles “diz” na televisão... os bichos constipam-se porque está mais frio, não é o vírus que as põe assim. É o frio...

(Momento de silêncio)

Pensionista – E depois ainda dizem que o país não anda... pois é... as pessoas esquecem-se que as coisas fazem-se daquela forma, e vai-se a ver... eles não se entendem.. depois vem as guerras, não é? Este tipo de coisas tem de se perceber...

(Passa para um plano dos olhos do DP, já está fartinho de ouvir a mulher... a voz dela continua ouvir-se.... até que de repente parece ficar abafada... DP mostra-se mais sossegado, com aquela cara de “Tudo está bem agora”... Passa para um plano dos dois no banco e apercebemo-nos que a pensionista tem um bocado de fita-cola na boca.)

DP consegue levantar-se do banco e sai dali apressado.

Cena V (exterior, jardim/rua – dia)

DP sai apressado do local onde estava e vê uma pessoa a aproximar-se. É o rapaz que lhe telefonou. Ambos não dizem nada, e o DP segue-o até um local recatado, uma zona mais escura, perto de uma porta de ar suspeito. Os dois certificam-se de que ninguém os seguiu.

Amigo – Tens a certeza?

DP – Agora não posso voltar atrás. O amigo bate à porta três vezes, e ouve-se:

VOZ - Qual é a senha?

Amigo – T1, 2 viagens... A porta abre-se, e o DP entra sozinho.

Cena VI (Interior. Sala sombria – dia)

(Esta sala está pouco iluminada, só tem uma luz fraca, vinda da janela, mas suficiente para iluminar uma mesa onde está um vulto encapuçado. Ao ver o DP, este faz-lhe um sinal para se sentar. DP senta-se, ficam os dois frente a frente. Nota-se que o vulto tem em sua posse uma caixa)

Vulto – Tens a pasta?

O DP acena com a cabeça e coloca uma pasta de dentes na mesa.

Vulto – E o dinheiro?

DP começa a colocar, uma a uma, moedas de 1 cêntimo em cima da mesa. (A imagem passa para o exterior, onde está lá o amigo, a olhar para o relógio, quando volta para a sala, já está lá um monte de moedas)

DP empurra o monte de moedas para o vulto misterioso e este dá-lhe a caixa. O vulto encapuçado encosta-se para trás e deixamos de o ver... Imagem em negro.

Cena VII (Exterior, Rua)

O DP está a andar na rua, em direcção a casa, até que é interpelado por uma senhora que diz:

Senhora - Boa tarde. Estamos a fazer um inquérito sobre iogurtes...

DP – Mas..

Senhora – Gostávamos de saber, come iogurtes com pedaços, sem pedaços, líquidos, sólidos, magros... meio magros, meio gordos

DP – Não. Desculpe, não estou interessado. Desculpe... não, obrigado... não estou mesmo interessado.

DP afasta-se da mulher... vai a atravessar a rua, mas pára de repente, porque passam por eles 5 ciclistas, devidamente equipados. Começa o monólogo com a imagem em “slow motion”. DP - “Afinal qual é a ideia da Lycra? Já não chega andar não sei quantos kms em cima de um selim pequenino, ainda têm de usar aquelas coisas cor-de-rosa fluorescente que se colam a nós, qual lapa? Aquilo não é muito confortável, porquê a vontade de sentir dor?”

DP atravessa a rua e continua o seu percurso. Mas ao longe aproxima-se outra senhora, e com uns papéis e uma caneta na mão.

Senhora 2 – Boa tarde, jovem. Posso fazer-lhe umas perguntas sobre pêssegos em calda? Prefere a nova colheita da Namíbia ou gosta mais da anterior, a da Jamaica?

DP olha para a mulher, estupefacto com a estupidez da pergunta.

DP – Sim...?

Senhora 2 – Em calda ou natural?

DP – Pode ser.

Senhora 2 – Com caroço ou sem caroço?

DP – Parece-me bem. Desculpe, lembrei-me agora que não gosto de pêssegos. Com licença...

DP apressa o passo e afasta-se da mulher. (Plano de câmara: DP de frente, a andar... atrás dele a senhora segue-o, mas pouco depois pára e fica a olhar para ele, faz um ar de “Que chatice, mais um que fugiu”)

O DP continua o seu percurso até que, ao virar a esquina assusta-se. À sua frente encontra uma manifestação política bastante ruidosa, com tambores, bandeiras e outros. DP encosta-se a uma parede, a tentar passar despercebido, mas vem um homem falar com ele.

Homem – Vem, camarada! Junta-te a nós! Temos que lutar contra a crise! Este país está na cauda da Europa!

DP – (em voz-off) Pois está... diz que sim!

Homem – Porque isto não anda para a frente, não anda para a direita, não anda para a esquerda, isto não anda!

DP – (em voz-off) É... deve estar em ponto-morto.

Homem – Junta-te a nós. Juntos faremos a diferença.

DP – Mas eu agora não posso. Tenho mesmo de ir para casa. Homem – Mas para a frente é que é o caminho!

DP – Não. A minha casa fica já ali (com o braço aponta para trás).

Homem – Então não te esqueças. Domingo, às 8 da manhã, há um grande comício...

DP – Às 8? Não vai dar... tenho uma dor de dentes marcada para essa hora... não dá mesmo, desculpem-me.

DP afasta-se e depois começa a correr em direcção a casa. Cena VIII (Interior da casa, entardecer) Abre-se a porta de casa, o DP entra, fecha-a e encosta-se a ela, cansado. Vai ao quarto pousar a mochila, e põe a caixa debaixo da cama. Vai para a sala e decide sentar-se no sofá. Pega no telecomando e liga a televisão. Na televisão está a dar um documentário sobre avestruzes. O som da televisão diminui e entra o monólogo do DP:

“A avestruz é um animal estranho... quer dizer, olhem bem para aquilo. Aquele pescoço, aquele olhar estranho... mas o que é aquilo? Se o bicho não voa para que é que tem penas? Qual é a ideia do pescoço?”

Farto do documentário, DP muda de canal. No outro canal está a dar o Noddy. A música começa a entrar na cabeça do tipo... ele muda de canal, mas todos os canais dão exactamente a mesma coisa, a mesma música, o gnomo de barrete azul persegue-o por todo lado...

(Plano de câmara: Os olhos do DP vão-se fechando em ar de sofrimento e de agonia... até que os fixa na câmara) De repente aparece o Noddy, de carne e osso, à sua frente. Aí a revolta estala na mente do DP e este expulsa-o à força toda com objectos mundanos e comuns, como uma simples beterraba, uma couve-flor, terminando com a sua arma de eleição... o Martelo. (Descrição do Martelo - Um daqueles de S. João, enormes... com uma etiqueta a dizer “O coiso”)

A cena acaba com o “Tipo” a perseguir o Noddy da sala para fora. De repente, volta o plano dos olhos fixos na câmara... e ele repara que já não está a dar o Noddy na Tv... (basicamente, passou-lhe o “vipe” que lhe deu)

Cena IX (Casa – Sala, tarde)

DP levanta-se do sofá.

DP – Assim não dá... isto já é demais... tenho de parar com esta mania...

DP começa a procurar numa caixa de cds, algum que o faça esquecer e relaxar... até que encontra um cd de meditação, com a imagem de uma pessoa em posição de lótus na capa. DP faz um cara de “Hey, porque não?” e...

A imagem passa para a sala, e está lá o DP a imitar a dita posição.

(Movimento de câmara: Travelling lateral de um dos objectos para o resto do ambiente, de modo a mostrar melhor onde está o protagonista.)

O protagonista está sentado em posição de Lótus e está a ouvir música de relax... com sons da natureza, de baleias e outras cenas que supostamente ajudem o tipo a relaxar... Quando parece que ele finalmente começa a entrar naquela “vibe”, acaba aquela faixa do cd e começa uma nova...(grande plano da aparelhagem a acabar uma faixa e a começar outra)

- Entra a nova música - Versão Pan Pipes da música do Titanic (”My heart will go on”) ou qualquer outra que seja facilmente identificada pelo público - (Grande plano dos olhos do “tipo” quando começa a música, ar de irritação e de “Porquê Eu?!”...)

DP – “Quem foi o génio que se lembrou de pegar em êxitos da pop e fazer uma versão em flautas de pã? Já não bastava o fenómeno dos tipos do canto gregoriano, ainda temos de aguentar com isto? Como é que alguém relaxa com estas músicas? Se calhar conseguia, se tomasse Prozac como quem bebe água.”

Ouve-se o som da campaínha.

Cena X (Casa- Exterior/Porta, tarde)

DP abre a porta... e à sua frente vê uma escuteira, com uma caixinha de bolachas, uns porta-chaves e um calendário...

Escuteira – Bom dia! Eu faço parte do corpo XPTO de escuteiros e estamos a angariar fundos para financiar uma viagem que o nosso grupo vai fazer. Para isso estamos a vender estas bolachas, estes porta-chaves e estes calendários. Ele olha para ela, ela olha para ele, de sorriso estampado no rosto...(quando pestaneja pode dar aquele som de cartoon... Blinc!Blinc!)

DP – Mas... eu não como bolachas...

Escuteira – Mas estas são diferentes... e os calendários são mesmo muito giros e úteis... já reparou bem nestes porta-chaves?

DP – Mas... eu não...hmm.. eu... não... (Plano de corpo da escuteira... começa na cabeça... e vai descendo...enquanto isto ela vai falando e falando e falando...*imagem acelerada* )

DP - “Os escuteiros... até são engraçados... até fazem umas coisas giras...mas qual é a ideia dos pompons? Camisinha de manga curta? Calçõezinhos para andar no mato? Mas o que é que vocês fumam? E como é que vocês conseguem convencer as pessoas a comprar o que vendem?”

Escuteira – Em nome do corpo de escuteiros, queria agradecer-lhe pela atenção... Sempre Alerta! (Passa para plano do DP com todas as cenas na mão que a escuteira tinha para lhe vender... e a escuteira a ir embora... Ideia para um plano da câmara: Um Travelling que ilustrasse a visão da escuteira...a ir embora da casa dele... e a vê-lo à porta com todas as coisas na mão) Cena XI (Casa, Interior, Tarde)

DP entra em casa e pousa as coisas na cozinha. Com um ar meio desesperado... pega na faca. Olha para o pulso. Olha para a faca. Olha para o pulso. Olha para a faca. Olha para o pulso. Olha para a faca. Olha em frente. A imagem passa para o exterior da casa. Ouve-se o som da faca a cortar. A imagem fica em preto.

DP – Ahh! DP pega em alguns guardanapos com a mão que segurava a faca....

DP – Cortei mal. Plano de um bolo de chocolate com uma fatia mal cortada... DP pega na fatia com o guardanapo e vai comê-la a olhar para a janela.

Cena XII (Casa, Interior, noite)

DP vai para o quarto e senta-se em frente ao computador para começar a escrever. Passa para um plano do ecrã, sucedem-se vários planos dele a trabalhar no computador... a imagem escurece, e aparece a mensagem do screensaver do computador, o plano muda e vemo-lo a dormir em frente ao monitor. Já é dia. Ele desperta e olha para o relógio, já são 8h30.

DP olha para o caderno... fecha-o, levanta-se e prepara-se para sair. Está quase a chegar à porta, quando se lembra de alguma coisa. A imagem corta para debaixo da cama do quarto, onde aparece o DP a pegar na caixa que lá está. Corta para a porta de casa. Vê-se DP de costas, a sair. Passa para uma cena na rua, em que o vemos de costas, a caminhar. Corta para uma cena em que o vemos de frente a chegar à faculdade.

Cena XIII (Escola, interior – sala de aula, manhã)

Professor – É a tua vez, rapaz.

DP levanta-se. Dirige-se à mesa onde vai falar. Consigo leva o caderno e a caixa. Pousa-os na mesa. Olha para o público. Quando vai começar a falar, algo corre mal. Não consegue falar. Depois começa a mexer os braços de forma descontrolada, como se estivessem a controlar os movimentos dele. Passa para um plano da pensionista, que o controla com um joystick. Os outros intervenientes na acção estão ao lado dela e vão dando palpites, mas apenas com gestos, não falam. A pensionista carrega no botão do joystick e ele (o DP) cai ao chão. Ofegante, DP começa a pensar:

“- Eles controlam-me. Não posso continuar assim. Acabou.”

A custo DP tenta chegar à caixa, com algum esforço agarra-a e abre-a, revelando o seu interior. Dentro da caixa está um grande botão vermelho.

DP carrega no botão e o tempo pára. Passa para um plano da turma toda parada. Passados segundos voltam a mexer-se e comentam entre si, espantados. Corta para um plano da mesa. Só lá está o caderno com a caneta pousada em cima. Ele já não está na mesa.

Passa o genérico final. No fim do genérico...

Pivot – Notícia de última hora. 3 milhões de Noddys dão à costa no Japão e invadem todos os parques de diversão, infantários e roullotes de farturas. A registar também a fuga de 60 mil pensionistas dos lares de dia do Burkina Faso e o misterioso desaparecimento do cruzeiro “Queen Mary”. Segundo a Agência Lusa, havia uma avestruz a bordo.

FIM

sábado, abril 15, 2006

Terceiro episódio - O guião

Cá está ele. Se tiverem paciência para o ler, façam-no. Peter Jackson, se nos quiseres contactar, já sabes, manda mensagem para o meu telemóvel.

Cena I (Faculdade, Interior – dia)

A história começa com um caderno vazio, o ambiente é de uma sala de aula... ao fundo ouve-se a voz de um professor a falar (esta ideia está em parte ligada ao desesperado, no sentido em que nasceu durante a aula de Indústrias Culturais, mas não digam a ninguém )... Uma mão começa a escrever no caderno ...

DP - “Pois é, mais um dia na minha vida... há quem me chame maluco, há alguns que preferem não dizer nada, encolhem os ombros e esperam que me cale... mas que culpa tenho eu que mais ninguém veja o que eu vejo? É mais que evidente! Algo de muito estranho se passa.” (Vêm-se os desenhos no cabeçalho das páginas do caderno... desenhos de OVNI’s, de seres com cabeças estranhas... frases soltas como :”Eles Vêm Aí...” “ O Fim Está Próximo”.... “O Meu Problema Não é que o Mundo Vá Acabar Amanhã, O Problema É Arranjar um Bom Dentista a Essa Hora...” , no caderno vão aparecendo os nomes dos actores e de quem fez isto...e outros que tal...)

De repente, o DP leva com uma bola de papel na cabeça e finalmente vemos o ambiente da sala de aula... DP olha para trás e um amigo da turma dele aponta para a frente como que dizendo: “É melhor estares atento” DP olha para o professor (um homem com ar descontraído) que está a acabar de falar sobre uma palestra. No quadro estão informações relativas à dita. (Data, Tema, Local e Hora)

Professor - E até lá, pensem neste assunto para poderem participar. Bem, é tudo por hoje. ( A aula acaba)

Enquanto os restantes alunos arrumam as coisas deles para saírem, DP escreve no canto da folha, ao lado do texto inicial o tema “VIDA: Ilusão ou Realidade?”. Depois fecha o caderno e sai.

Cena II (Interior da faculdade, dia)

No corredor, o telemóvel toca:

DP – ‘Tou? Diz... Ah, não faz mal... Eu espero... tá, até já!

Cena III (Exterior- jardim/praça, dia)

O DP está sentado num banco de jardim, à espera da pessoa que lhe telefonou. É nessa altura que começa a ver pombos a pousarem perto de si...

DP - Os pombos... que aves estranhas... sempre a andar de um lado para o outro... com aquele olhar perdido como se tivessem algo importante para dizer, mas se esquecessem, e pronto... é esta a vida deles... mas como se isto já não bastasse, ainda têm a mania de fazer aqueles voos rasantes às nossa cabeças... e de vez em quando, num gesto para eles misericordioso, lá decidem deixar uma prenda, no nosso casaco preferido...”

A raiva vai-se acumulando... a caneta que tem na mão é posicionada como se de um joystick se tratasse. DP vai movendo a caneta e carregando naquele botãozinho de cada vez que decide explodir com os pombos. (Nesta altura mostram-se somente as expressões faciais dele, e ouvem-se os efeitos sonoros de videojogos, nomeadamente sons de disparos, de explosões) Quando acaba o jogo, já não esta nenhum pombo na zona onde o DP está. Acima da zona onde está o DP aparece escrito “Winner” a piscar. O DP respira fundo e retira da mochila o caderno. Quando vai começar a escrever, repara em algo.

Cena IV (Exterior – jardim/praça, dia)

Ao longe, DP repara que algo muito perigoso se aproxima... uma pensionista com um andarilho desloca-se a uma velocidade “estonteante” e tudo indica que se vai sentar ao seu lado... o DP tenta sair do banco, mas está colado lá... (pode-se salientar este facto com a presença de um tubo de cola colocado ao lado do DP ou algo mais facilmente identificável pelo espectador)... DP não consegue sair e a pensionista finalmente senta-se à beira dele... DP olha para ela com algum receio...

DP – “Ah... os pensionistas... eles podem enganar-nos com aquele aspecto, parecem fraquinhos, frágeis... mas têm-nos a todos na mão... é vê-los quando entram nos autocarros... existe logo alguém que se levanta e lhes diz, com um sorriso amarelo no rosto :“Pode-se sentar minha sra..” ... e elas tudo bem! Sentam-se com aquele sorriso de satisfação e arrumam aquelas sacas todas recheadas de coisas inúteis. E SE existem aqueles tipos que, como eu, passaram o dia a trabalhar e estão mais cansados do que alguém que passou o dia a alimentar pombos e a comentar a história que deu no Goucha sobre a mãe solteira que criou 9 crianças senegalesas só com a ajuda de uma bengala e de um peru albino... sim, essas pessoas que têm motivo para estarem cansadas NÃO SE LEVANTAM.... elas encostam-se a nós e atingem-nos com golpes violentíssimos de sacas de plástico que nos dão constantes redefinições de dor.. enquanto comentam....”Esta juventude... isto no meu tempo não era assim... ah... é por isso que isto não anda p’ra frente...”

(O monólogo de DP é interrompido por uma voz esganiçada... olha para o lado e apercebe-se que a pensionista ao seu lado está a fazer conversa.... e com ele)

Pensionista – Pois é... anda fresquinho o tempo...não é? É... está assim... para o húmido... sente-se... eu sabia, quando acordei hoje de manhã, disse logo “Genoveva, filha, hoje vai chover...” Porque sinto logo uma dor aqui (aponta para o joelho direito) que... que só dá com a humidade, percebe? É que isto do tempo anda complicado... “onte” vi na televisão que aquela camada que anda no céu está com buracos (exemplifica com gestos)... e depois o calor entra e aquilo faz mal aos peixes... os peixes ficam malucos e... pronto... dá-se as coisas...

(DP vai olhando incrédulo para a pensionista, enquanto se tenta libertar do que quer que seja que o prende lá)

Pensionista – É que sabe, isto agora das galinhas não é como eles “diz” na televisão... os bichos constipam-se porque está mais frio, não é o vírus que as põe assim. É o frio...

(Momento de silêncio)

Pensionista – E depois ainda dizem que o país não anda... pois é... as pessoas esquecem-se que as coisas fazem-se daquela forma, e vai-se a ver... eles não se entendem.. depois vem as guerras, não é? Este tipo de coisas tem de se perceber...

(Passa para um plano dos olhos do DP, já está fartinho de ouvir a mulher... a voz dela continua ouvir-se.... até que de repente parece ficar abafada... DP mostra-se mais sossegado, com aquela cara de “Tudo está bem agora”... Passa para um plano dos dois no banco e apercebemo-nos que a pensionista tem um bocado de fita-cola na boca.) DP consegue levantar-se do banco e sai dali apressado.

Cena V (exterior, jardim/rua – dia)

DP sai apressado do local onde estava e vê uma pessoa a aproximar-se. É o rapaz que lhe telefonou. Ambos não dizem nada, e o DP segue-o até um local recatado, uma zona mais escura, perto de uma porta de ar suspeito. Os dois certificam-se de que ninguém os seguiu.

Amigo – Tens a certeza?

DP – Agora não posso voltar atrás.

O amigo bate à porta três vezes, e ouve-se:

VOZ - Qual é a senha?

Amigo – T1, 2 viagens...

A porta abre-se, e o DP entra sozinho.

Cena VI (Interior. Sala sombria – dia)

(Esta sala está pouco iluminada, só tem uma luz fraca, vinda da janela, mas suficiente para iluminar uma mesa onde está um vulto encapuçado. Ao ver o DP, este faz-lhe um sinal para se sentar. DP senta-se, ficam os dois frente a frente. Nota-se que o vulto tem em sua posse uma caixa)

Vulto – Tens a pasta?

O DP acena com a cabeça e coloca uma pasta de dentes na mesa.

Vulto – E o dinheiro?

DP começa a colocar, uma a uma, moedas de 1 cêntimo em cima da mesa. (A imagem passa para o exterior, onde está lá o amigo, a olhar para o relógio, quando volta para a sala, já está lá um monte de moedas)

DP empurra o monte de moedas para o vulto misterioso e este dá-lhe a caixa. O vulto encapuçado encosta-se para trás e deixamos de o ver... Imagem em negro.

Cena VII (Exterior, Rua)

O DP está a andar na rua, em direcção a casa, até que é interpelado por uma senhora que diz:

Senhora - Boa tarde. Estamos a fazer um inquérito sobre iogurtes...

DP – Mas..

Senhora – Gostávamos de saber, come iogurtes com pedaços, sem pedaços, líquidos, sólidos, magros... meio magros, meio gordos

DP – Não. Desculpe, não estou interessado. Desculpe... não, obrigado... não estou mesmo interessado.

DP afasta-se da mulher... vai a atravessar a rua, mas pára de repente, porque passam por eles 5 ciclistas, devidamente equipados. Começa o monólogo com a imagem em “slow motion”.

DP - “Afinal qual é a ideia da Lycra? Já não chega andar não sei quantos kms em cima de um selim pequenino, ainda têm de usar aquelas coisas cor-de-rosa fluorescente que se colam a nós, qual lapa? Aquilo não é muito confortável, porquê a vontade de sentir dor?”

DP atravessa a rua e continua o seu percurso. Mas ao longe aproxima-se outra senhora, e com uns papéis e uma caneta na mão.

Senhora 2 – Boa tarde, jovem. Posso fazer-lhe umas perguntas sobre pêssegos em calda? Prefere a nova colheita da Namíbia ou gosta mais da anterior, a da Jamaica?

DP olha para a mulher, estupefacto com a estupidez da pergunta.

DP – Sim...?

Senhora 2 – Em calda ou natural?

DP – Pode ser.

Senhora 2 – Com caroço ou sem caroço?

DP – Parece-me bem. Desculpe, lembrei-me agora que não gosto de pêssegos. Com licença...

DP apressa o passo e afasta-se da mulher. (Plano de câmara: DP de frente, a andar... atrás dele a senhora segue-o, mas pouco depois pára e fica a olhar para ele, faz um ar de “Que chatice, mais um que fugiu”)

O DP continua o seu percurso até que, ao virar a esquina assusta-se. À sua frente encontra uma manifestação política bastante ruidosa, com tambores, bandeiras e outros. DP encosta-se a uma parede, a tentar passar despercebido, mas vem um homem falar com ele.

Homem – Vem, camarada! Junta-te a nós! Temos que lutar contra a situação económica deste país, que está na cauda da Europa.

DP – (em voz-off) Pois está... diz que sim!

Homem – Porque isto não anda para a frente, não anda para a direita, não anda para a esquerda, isto não anda!

DP – (em voz-off) É... deve estar em ponto-morto.

Homem – Junta-te a nós. Juntos faremos a diferença.

DP – Mas eu agora não posso. Tenho mesmo de ir para casa.

Homem – Mas para a frente é que é o caminho!

DP – Não. A minha casa fica já ali (com o braço aponta para trás).

Homem – Então não te esqueças. Domingo, às 8 da manhã, há um grande comício..

DP – Às 8? Não vai dar... tenho uma dor de dentes marcada para essa hora... não dá mesmo, desculpem-me.

DP afasta-se e depois começa a correr em direcção a casa.

Cena VIII (Interior da casa, entardecer)

Abre-se a porta de casa, o DP entra, fecha-a e encosta-se a ela, cansado. Vai ao quarto pousar a mochila, e põe a caixa debaixo da cama. Vai para a sala e decide sentar-se no sofá. Pega no telecomando e liga a televisão. Na televisão está a dar um documentário sobre avestruzes. O som da televisão diminui e entra o monólogo do DP:

“A avestruz é um animal estranho... quer dizer, olhem bem para aquilo. Aquele pescoço, aquele olhar estranho... mas o que é aquilo? Se o bicho não voa para que é que tem penas? Qual é a ideia do pescoço?”

Farto do documentário, DP muda de canal. No outro canal está a dar o Noddy. A música começa a entrar na cabeça do tipo... ele muda de canal, mas todos os canais dão exactamente a mesma coisa, a mesma música, o gnomo de barrete azul persegue-o por todo lado...

(Plano de câmara: Os olhos do DP vão-se fechando em ar de sofrimento e de agonia... até que os fixa na câmara)

De repente aparece o Noddy, de carne e osso, à sua frente. Aí a revolta estala na mente do DP e este expulsa-o à força toda com objectos mundanos e comuns, como uma simples beterraba, uma couve-flor, terminando com a sua arma de eleição... o Martelo. (Descrição do Martelo - Um daqueles de S. João, enormes... com uma etiqueta a dizer “O coiso”) A cena acaba com o “Tipo” a perseguir o Noddy da sala para fora.

De repente, volta o plano dos olhos fixos na câmara... e ele repara que já não está a dar o Noddy na Tv... (basicamente, passou-lhe o “vipe” que lhe deu)

Cena IX (Casa – Sala, tarde) DP levanta-se do sofá.

DP – Assim não dá... isto já é demais... tenho de parar com esta mania...

DP começa a procurar numa caixa de cds, algum que o faça esquecer e relaxar... até que encontra um cd de meditação, com a imagem de uma pessoa em posição de lótus na capa. DP faz um cara de “Hey, porque não?” e...

A imagem passa para a sala, e está lá o DP a imitar a dita posição.

(Movimento de câmara: Travelling lateral de um dos objectos para o resto do ambiente, de modo a mostrar melhor onde está o protagonista.)

O protagonista está sentado em posição de Lótus e está a ouvir música de relax... com sons da natureza, de baleias e outras cenas que supostamente ajudem o tipo a relaxar... Quando parece que ele finalmente começa a entrar naquela “vibe”, acaba aquela faixa do cd e começa uma nova...(grande plano da aparelhagem a acabar uma faixa e a começar outra)

- Entra a nova música - Versão Pan Pipes da música do (Titanic My heart will go on) ou qualquer outra que seja facilmente identificada pelo público -

(Grande plano dos olhos de DP quando começa a música, ar de irritação e de “Porquê Eu?!”...)

DP – “Quem foi o génio que se lembrou de pegar em êxitos da pop e fazer uma versão em flautas de pã? Já não bastava o fenómeno dos tipos do canto gregoriano, ainda temos de aguentar com isto? Como é que alguém relaxa com estas músicas? Se calhar conseguia, se tomasse Prozac como quem bebe água.”

Ouve-se o som da campaínha.

Cena X (Casa- Exterior/Porta, tarde)

DP abre a porta... e à sua frente vê uma escuteira, com uma caixinha de bolachas, uns porta-chaves e um calendário...

Escuteira – Bom dia! Eu faço parte do corpo XPTO de escuteiros e estamos a angariar fundos para financiar uma viagem que o nosso grupo vai fazer. Para isso estamos a vender estas bolachas, estes porta-chaves e estes calendários.

Ele olha para ela, ela olha para ele, de sorriso estampado no rosto...(quando pestaneja pode dar aquele som de cartoon... Blinc!Blinc!)

DP – Mas... eu não como bolachas...

Escuteira – Mas estas são diferentes... e os calendários são mesmo muito giros e úteis... já reparou bem nestes porta-chaves?

DP – Mas... eu não...hmm.. eu... não...

(Plano de corpo da escuteira... começa na cabeça... e vai descendo...enquanto isto ela vai falando e falando e falando...*imagem acelerada* )

DP - “Os escuteiros... até são engraçados... até fazem umas coisas giras...mas qual é a ideia dos pompons? Camisinha de manga curta? Calçõezinhos para andar no mato? Mas o que é que vocês fumam? E como é que vocês conseguem convencer as pessoas a comprar o que vendem?”

Escuteira – Em nome do corpo de escuteiros, queria agradecer-lhe pela atenção... Sempre Alerta!

(Passa para plano do DP com todas as cenas na mão que a escuteira tinha para lhe vender... e a escuteira a ir embora... Ideia para um plano da câmara: Um Travelling que ilustrasse a visão da escuteira...a ir embora da casa dele... e a vê-lo à porta com todas as coisas na mão)

Cena XI (Casa, Interior, Tarde)

DP entra em casa e pousa as coisas na cozinha. Com um ar meio desesperado... pega na faca. Olha para o pulso. Olha para a faca. Olha para o pulso. Olha para a faca. Olha para o pulso. Olha para a faca. Olha em frente. A imagem passa para o exterior da casa. Ouve-se o som da faca a cortar. A imagem fica em preto.

DP – Ahh!

DP pega em alguns guardanapos com a mão que segurava a faca....

DP – Cortei mal.

Plano de um bolo de chocolate com uma fatia mal cortada... DP pega na fatia com o guardanapo e vai comê-la a olhar para a janela. Plano da janela com os dias a passar... Efeito Stop Motion da passagem Dia/Noite, Dia/Noite... passam 3 dias...

Cena XII (Casa, Interior, manhã)

DP está a tomar o pequeno-almoço e a pensar. Na mesa está o caderno aberto, com algumas notas, escritas abaixo do tema “VIDA: Ilusão ou Realidade” · “Pombas, · Pensionistas, · Avestruzes, · Senhoras dos inquéritos ridículos, · Políticos, · Noddy, · Escuteiros...”

DP olha para o caderno... fecha-o, levanta-se e prepara-se para sair. Está quase a chegar à porta, quando se lembra de alguma coisa. A imagem corta para debaixo da cama do quarto, onde aparece o DP a pegar na caixa que lá está. Corta para a porta de casa. Vê-se DP de costas, a sair de casa.

Cena XII (Escola, interior – sala da palestra, manhã)

Professor – É a tua vez, rapaz.

DP levanta-se. Dirige-se ao púlpito onde vai falar. Consigo leva o caderno e a caixa. Pousa-os no púlpito. Olha para a caixa. Abre-a . Olha para o público. Vê-se o interior da caixa – Uma bola anti-stress. Ele pega na bola.

DP – Bom dia. Relativamente a este tema, estive a pensar...

Na sala estão presentes várias pessoas, mas na última fila estão presentes as personagens que DP encontrou naquele dia: a pensionista, as senhoras dos inquéritos, a escuteira, o Noddy... e etc...

DP – E se...

(Aperta a bola e estas personagens vão desaparecendo, uma a uma. Quando desaparece a última, a imagem fica em negro)

FIM

Segundo episódio - A nova sinopse

Após alguma reflexão, a ideia original acabou por ser modificada... eis aqui a nova sinopse:

DP, um jovem que podia ser qualquer um de nós, é um estudante universitário que elabora constantemente teorias da conspiração que têm como intervenientes os personagens da vida comum: pensionistas, pombas, e etc... A acção começa quando DP desperta de um dos seus desvarios mentais para perceber que se aproxima uma palestra subordinada ao tema “Vida: Ilusão ou Realidade”, palestra na qual o professor conta com a participação de todos. Perante essa hipótese, DP fica mais atento ao que o incomoda. Esse dia em particular é muito estranho. Será realidade... ou ilusão?

Não percam o próximo episódio: O guião.

terça-feira, abril 04, 2006

Primeiro episódio - A sinopse... e outras coisas

Bem, para abrir as hostilidades... cá fica a sinopse da curta


. Título

“E se…?”

. Género

Thriller/Humor Negro/Alternativo

. Ideia

Baseada no blog: “Diário de um Desesperado

. Outline

Um dia na vida de um maníaco das conspirações em que ele concretiza todas as suas frustrações, os seus “e se…?”… Mas… E se tudo não passa de um sonho, de um desejo reprimido?

. Sinopse

A personagem principal acorda para mais um dia da sua vida, frustrante como tantos outros. Ao longo desse mesmo dia, ela depara-se com as figuras mais caricatas que a fazem perder a paciência. Então, como que em “formato de possibilidade”, são apresentadas diversas situações nas quais ela descarrega toda a cólera acumulada. São vontades transmitidas através de “flashes”, movimentos diferentes de câmara, legendagens, paragens de cena et allii. Poderiam ser acontecimentos reais mas… Há sempre formas mais “diplomáticas” e menos perigosas para libertar as nossas frustrações!

. Personagens

Reformados (Velhotas)

Escuteiros

Avestruzes

Perus

Vendedoras de Rua

Pombas

Noddy

Tamagochi (AKA “O anti-cristo” movido a pilhas”)

Ciclistas

Pessoas que se sentam ao nosso lado e tentam fazer conversa, custe o que custar!

Outros: Músicas conhecidas em versão “Pan Pipes”

Em nome do cinema de qualidade, o blog que faltava

Bem, está oficialmente inaugurado este espaço de reflexão, debate, conversa, e outras coisas que não nos recordamos agora, mas que também dá para fazer aqui. Sim, aqui, este será um local dedicado à 7ª Arte, e porque não, às outras também.

Este blog vai ser o receptáculo da sinopse e do argumento para a nossa curta-metragem de LSI -Laboratórios de Som e Imagem.

O nosso objectivo não é o de corresponder à qualidade das produções "Hollywoodescas", mas sim de, obviamente, superá-las... se der jeito, claro. Enquanto não dá... paciência.

Contamos com o apoio e sugestões de quem por aqui passar, nem que seja por engano.

Não perca o próximo episódio... a sinopse.